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Alunos do Curso de Física participam de Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia
Em conjunto com os professores Arilson Paganotti e Gisélia Ribeiro, alunos do Curso de Licenciatura em Física do IFMG Campus Congonhas apresentaram trabalhos no VI Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia (SINECT), realizado entre os dias 27 e 30 de novembro de 2018 na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Campus Ponta Grossa (Paraná).
O trabalho “Caracterização de Estudantes dos Últimos Anos do Ensino Fundamental de Escolas Públicas de Minas Gerais sobre o Ensino de Óptica” avaliou se o ensino de óptica nos últimos anos do Ensino Fundamental em algumas escolas públicas tem se orientado pelo que é previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e no Currículo Básico Comum (CBC). “Percebe-se, de maneira geral, que o ensino de óptica não vem ocorrendo adequadamente no Ensino Fundamental, ou seja, nem sempre o conteúdo é trabalhado junto aos alunos e quando é trabalhado ocorre de forma superficial e sem aprofundamentos. Observou-se ainda que grande parte das dificuldades de aprendizagem dos conteúdos de óptica no Ensino Médio tem sua origem no Ensino Fundamental em que, por vários motivos, os alunos ou não veem o conteúdo ou veem superficialmente e não aprendem os conceitos básicos.”
De acordo com o estudo, “supõe-se que um dos problemas relacionados ao ensino de óptica no nono ano do Ensino Fundamental esteja diretamente vinculado à formação acadêmica do professor de Ciências. Espera-se que os responsáveis pela elaboração dos cursos superiores que credenciam docentes para ministrar aulas de Ciências se preocupem com questões como adequação curricular dos conteúdos desses cursos, e principalmente, oferecer condições para que esses profissionais, mesmo habilitados, se atualizem, participando de cursos de formação continuada, o que raramente é observado no sistema público estadual e municipal de ensino.” O trabalho é de autoria do professor Arilson Paganotti e dos alunos Fabíola Cristina Alves, Leticia Tamara Silva e Guilherme Henrique Bittencourt do IFMG Campus Congonhas e do professor Marcos Rincon Voelzke da Universidade Cruzeiro do Sul.
O trabalho “Conhecimentos em Astronomia de Alunos do Ensino Médio de uma Escola Estadual do Interior de Minas Gerais” analisou as atividades desenvolvidas por graduandos em Licenciatura em Física do IFMG Congonhas em uma escola estadual do interior de Minas Gerais. Ao longo do projeto, foram apresentadas quatro palestras sobre tópicos elementares em Astronomia e Astrofísica, em que os alunos puderam participar enriquecendo seus conhecimentos e desconstruindo ideias equivocadas que possuíam. “Os resultados obtidos foram preocupantes: muitos alunos alegaram possuir pouco conhecimento em Astronomia, o que pôde ser confirmado diante das respostas fornecidas a um questionário.”
Por meio da pesquisa, percebeu-se que “grande parte dos entrevistados não conseguiu definir a posição da Lua em relação ao sistema Sol – Terra ao longo de suas fases e nenhum deles conseguiu perceber a órbita da Terra como uma elipse pouco excêntrica. Quando indagados sobre quais temas relacionados à Astronomia já haviam estudado, percebemos grande distanciamento entre o que propõe os PCNs e o que de fato tem ocorrido”. Notou-se que os conhecimentos dos alunos em Astronomia deixam a desejar e se distanciam do que aponta os PCNs e o CBC”. O trabalho é de autoria do professor Arilson Paganotti e dos alunos Douglas de Oliveira Assis e Thiago Bissiatte Monteiro do IFMG Campus Congonhas.
Já o trabalho “Abordagem Das Questões Ambientais De Forma Interdisciplinar: Construindo Aquecedor Solar Reciclável” buscar abordar questões ambientais no contexto escolar diante da escassez dos recursos naturais do planeta. Para isso, propôs construir um aquecedor solar feito a partir de materiais recicláveis: garrafas PET e caixas Tetra Pak. Ao propor uma ação interdisciplinar, buscou-se envolver os docentes das diversas disciplinas que compõem o currículo escolar do primeiro ano do Ensino Médio, no intuito de conferir à temática ambiental o caráter transversal que lhe é atribuído pela legislação vigente (LDB 9394 de 1996). Com base no questionário aplicado, nota-se que a utilização da atividade interdisciplinar promoveu a conscientização dos alunos sobre o papel a ser desempenhado por eles no que se refere ao futuro do planeta rumo a uma mudança de conduta para uma conduta sustentável”.
A partir da atividade desenvolvida, “contribuímos para a formação de discentes de Física, despertando o interesse por esta disciplina e pela temática da conservação da natureza e transformação social. Por outro lado, foi possível apresentar aos professores das diversas disciplinas que compõem o currículo do primeiro ano do ensino médio, uma alternativa para abordar questões ambientais de forma interdisciplinar. Porém destaca: “é importante ressaltar que para abordar temática ambiental na escola, ações pontuais não são suficientes, sendo necessário a realização de intervenções pedagógicas continuamente, visando formar cidadãos aptos a intervirem na realidade do planeta”. O trabalho é de autoria da professora Gisélia Ribeiro e da aluna Maria Luiza dos Santos do IFMG Campus Congonhas.
O SINECT visa criar um espaço para estudo, reflexão, troca de experiências, intercâmbio de pesquisas, debates e outras interações dialógicas que visem a analisar o contexto de sala de aula como objeto de investigação/ação, tendo como suporte teórico as contribuições da ciência e da tecnologia.