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Piumhi debate história dos quilombos do Estado no Dia da Consciência Negra
O Campus Avançado Piumhi promoveu, na última segunda-feira (20), o evento “Quilombos: caminhos de liberdade e futuro”, em homenagem ao Dia da Consciência Negra. O evento foi aberto tanto para os alunos e servidores, como para a comunidade em geral.
A mesa de honra foi composta pela diretora-geral do campus, Lina Maria Soares, na ocasião também representando o diretor de Ensino; pela representante do projeto de extensão “Tradições, Memórias, Cultura e Identidade Negra”, Stella Tomé; pelo presidente da Câmara de Piumhi, Antônio Gomes; pela Secretária de Educação, Maria Amélia Nogueira; além do presidente do Diretório Acadêmico Otacílio Gonçalves Tomé, Lucas Pedrosa.
Os integrantes da mesa ressaltaram a dimensão do 20 de novembro como data fundamental para relembrar, na figura do herói nacional, Zumbi dos Palmares, a herança cultural dos povos africanos na constituição da sociedade brasileira e a resistência da população negra em busca da igualdade de direitos.
A mesa de debates foi composta pela advogada e servidora pública da Câmara de Piumhi Mayara Amorim; pelo advogado e pesquisador da história de Minas Gerais, Tarcísio Martins, assim como pelos comentaristas Luís Augusto Melo e Danilo Soares, historiadores e professores da rede pública de ensino.
Mayara destacou o histórico das políticas públicas de promoção da igualdade racial no ensino superior, com ênfase nas ações afirmativas de que trata a Lei 12.711, sobre o ingresso da população negra nas universidades e institutos federais mediante a reserva de vagas.
Em seguida, Tarcísio traçou um panorama histórico do Campo Grande, federação quilombola que agregou, no século XVIII, cerca de 27 núcleos, entre os estados de Minas Gerais e São Paulo, e que apresentou ramificações na região da cidade de Piumhi. Em seus estudos sobre o Quilombo do Campo Grande, o pesquisador encontrou registros históricos que apontam para a existência de três quilombos em Piumhi.
Os professores Luís Augusto e Danilo fizeram suas considerações sobre a importância dos documentos analisados pelo pesquisador, assim como sobre a relevância da investigação histórica, no sentido de proporcionar o resgate da herança cultural dos povos quilombolas.
(Fonte: Comunicação / Campus Avançado Piumhi)