21/03 Dia Mundial e Dia Nacional da Síndrome de Down
Nesta sexta-feira , 21, a tarefa do dia é usar pares de meias trocados para participar da campanha Lots of Socks (do inglês, muitas meias), uma iniciativa global criada para conscientizar sobre a Síndrome de Down. A ação incentiva as pessoas a usarem meias coloridas, divertidas ou trocadas como forma de celebrar a diversidade e promover a inclusão.
A data foi escolhida por ser grafada como 21/3, que faz alusão à trissomia do cromossomo 21, nesta síndrome há uma alteração genética caracterizada pela presença de um terceiro cromossomo de número 21. Os portadores da síndrome, em vez de dois cromossomos no par 21 (o menor cromossomo humano), possuem três.
O objetivo é promover a conscientização global, celebrar a vida das pessoas com a síndrome e garantir que elas tenham direitos e oportunidades que todas as pessoas. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, há cerca de 300 mil brasileiros com Síndrome de Down.
A síndrome de Down é a causa mais comum de deficiência intelectual no ser humano, com incidência de, aproximadamente, um a cada 800 pessoas nascidas, independentemente de etnia, de gênero ou de classe social.
O diagnóstico de síndrome de Down é clínico, que pode ser feito, inclusive, durante a gestação, através da coleta do líquido que fica em volta do bebê – amniocentese - ou então da biopsia de um pequeno pedaço da placenta.
É possível identificar de uma forma muito precoce, também porque as crianças possuem características dismórficas faciais características. E, como apresentam um atraso do desenvolvimento global, é importante essa identificação antecipada para estimular de forma precoce a criança, com terapia multidisciplinar e orientação dos pais.
Crianças com síndrome de Down precisam ser estimuladas desde o nascimento para que sejam capazes de vencer as limitações que essa alteração genética lhes impõe. Como têm necessidades específicas de saúde e aprendizagem, exigem assistência profissional multidisciplinar e atenção permanente dos pais. O objetivo deve ser sempre habilitá-las para o convívio e a participação social.
Inclusão na Escola
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A primeira regra para a inclusão de crianças com Down é a repetição das orientações em sala de aula para que o estudante possa compreendê-las;
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O desempenho melhora quando as instruções são visuais. Por isso, é importante reforçar comandos e solicitações com modelos que possam ser vistos, de preferência com ilustrações grandes e chamativas, com cores e símbolos de fácil compreensão;
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A linguagem verbal, por sua vez, deve ser simples para que entendam melhor o que é dito;
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Mantenha as atividades no nível das capacidades da criança, com desafios gradativos. Isso aumenta o sucesso na realização dos trabalhos;
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Planeje pausas entre as atividades, pois o esforço para desenvolver atividades que envolvam funções cognitivas é muito grande. Às vezes, o cansaço da criança faz com que as atividades pareçam missões impossíveis;
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Valorize sempre o empenho e a produção. Quando se sente isolada do grupo e com pouca importância no trabalho e na rotina escolares, a criança adota atitudes reativas, como desinteresse, descumprimento de regras e provocações.
Inclusão Mercado de Trabalho
A entrada no mercado de trabalho de pessoas com síndrome de Down é essencial para a inclusão plena na sociedade. Além disso, os indivíduos com síndrome e que não estão empregados tendem a ter mais depressão e baixa estima
Por outro lado, o ambiente profissional ajuda as pessoas a ganhar responsabilidades e desenvolver relacionamentos com grupos diversos. Isso favorece o desenvolvimento de habilidades cognitivas, mecânicas e de adaptação a diferentes situações, inclusive na vida pessoal.
O preconceito e a discriminação são os piores inimigos dos portadores da síndrome. O fato de apresentarem características físicas típicas e algum comprometimento intelectual não significa que tenham menos direitos e necessidades.
Cada vez mais, pais, profissionais da saúde e educadores têm lutado contra todas as restrições impostas a essas crianças e adolescentes e além disso a lei garante a inclusão das pessoas com esta síndrome tanto nas escolas quanto no mercado de trabalho.
Já escolheu as meias que vai utilizar hoje?
Referências