Pesquisa identifica solução natural para preservar pinturas a óleo

A preservação de obras de arte é um desafio crescente devido à sua vulnerabilidade à deterioração causada por fungos. Esses fungos podem danificar pinturas a óleo, que têm grande valor artístico e histórico, ao degradar componentes como óleos vegetais e resinas. Tradicionalmente, tratamentos antifúngicos são usados para combater essa deterioração, mas eles podem ser tóxicos para os conservadores e prejudiciais ao meio ambiente. Além disso, esses tratamentos podem alterar quimicamente os materiais das obras de arte.

Em artigo publicado recentemente, o professor visitante Douglas Boniek, do Campus Betim, em parceria com Luciana Bonadio e Maria Stoianoff, da UFMG, e Antônio Santos, da FUMEC, investigou alternativas naturais e descobriu que óleos essenciais (OEs) extraídos de plantas como Melaleuca alternifolia (árvore-do-chá), Curcuma longa (açafrão) e Thymus vulgaris (tomilho) são eficazes contra fungos que atacam pinturas a óleo. Em testes de laboratório, esses óleos mostraram capacidade de inibir significativamente o crescimento de fungos como Penicillium crustosum e Aspergillus flavus, que são conhecidos por causar danos às pinturas.

Por outro lado, fungos como Pythium graminicola e Diaporthe longicolla foram menos afetados pelos óleos essenciais testados. A identificação dos fungos foi feita através da análise de suas características morfológicas e do DNA.

O estudo destacou a eficácia dos óleos essenciais como uma alternativa sustentável aos tratamentos antifúngicos convencionais, oferecendo uma solução menos tóxica para a preservação de obras de arte.

O artigo completo pode ser consultado aqui.