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Aluna do Campus Congonhas desenvolve pesquisa em Portugal

publicado: 26/03/2019 14h37, última modificação: 12/04/2019 08h46

A aluna Maria Luíza dos Santos, do Curso de Graduação em Física (Licenciatura) do IFMG Campus Congonhas, está em Portugal desenvolvendo a pesquisa “Fabricação de Célula Solar de Dióxido de Titânio (TiO2) Sensibilizada por Corante”, sob orientação da professora Vivienne Denise Falcão.

Participante da 3ª edição do Programa Internacionaliza IFMG foi a primeira colocada entre os nove alunos selecionados. “A relevância do projeto de pesquisa reside no fato de propor o estudo de uma fonte renovável de energia, algo que é uma preocupação mundial, dada a escassez dos recursos naturais do planeta”, afirma a aluna Maria Luíza cujo trabalho busca desenvolver fontes alternativas de energia com baixo custo. É o segundo ano consecutivo que o primeiro colocado na seleção é aluno do Curso de Graduação em Física do Campus Congonhas.

Das fontes de geração de energia comumente utilizadas, a maior parte da energia consumida no mundo provém de combustíveis fósseis, tendo como consequência, a intensificação do efeito estufa. Nesse contexto, as células solares, dispositivos que convertem diretamente a luz solar em energia elétrica, surgem como uma das alternativas mais viáveis e promissoras a serem utilizadas. A luz solar está disponível e é uma energia limpa e abundante, podendo contribuir para minimizar os problemas ambientais relacionados às fontes não renováveis de energia e diminuir a emissão de gases poluentes.

Atualmente, as células solares mais utilizadas e comercializadas são as de silício por serem as mais eficientes. Contudo, estas ainda não são amplamente utilizadas devido ao seu alto custo de fabricação. Deste modo, a proposta é construir células solares de dióxido de titânio (𝑇𝑖𝑂2) sensibilizadas por corantes naturais. “Ao escolher corantes naturais como uva e beterraba (o corante serve para sensibilizar a célula) pretende-se diminuir o custo de produção da célula, se tornando uma opção atraente de fonte de energia renovável”, defende.

O projeto prevê ainda a utilização de eletrólitos poliméricos em gel ou até mesmo sólido, mais especificamente o PEDOT, pelo fato de que, os eletrólitos líquidos podem gerar vazamento ou volatilização do solvente, o que diminui o tempo de vida útil da célula. Além da troca de conhecimento entre pesquisadores de diferentes países, o desenvolvimento da pesquisa em conjunto com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), sob orientação do Professor Rolando Carlos Pereira Simões Dias, irá permitir a produção do dispositivo uma vez que a instituição já tem estudos no tema e dispõe de insumos e equipamentos necessários para fabricação e caracterização das células.
Para a aluna que sempre pensou em fazer um intercâmbio, embora achasse algo complicado e difícil de ser alcançado, o Internacionaliza foi a oportunidade de realizar um sonho. “No início, pensei que não seria capaz de ser aprovada, mas minha orientadora acreditou no meu potencial e me incentivou bastante. O processo seletivo é bem longo, mas quando recebi o resultado e o projeto havia sido selecionado em primeiro lugar fiquei bastante confiante”, lembra.

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