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Aluno intercambista do campus Ribeirão das Neves conta um pouco sobre as primeiras experiências em Portugal

publicado: 16/03/2018 15h26, última modificação: 16/03/2018 20h19

Aos que não me conhecem, permita-me primeiro me apresentar. Meu nome é Michael e sou aluno da recém-formada turma de Processos Gerenciais, ex-presidente do Diretório Acadêmico do curso de Processos Gerenciais e atual presidente da Empresa Júnior, a IF Neves Consultoria Júnior e também aluno representante do campus na final das olimpíadas de Inovação do IFMG.

É com muita satisfação que venho relatar como tem sido as minhas primeiras impressões sobre essa oportunidade ímpar de estar fazendo um intercambio através de um programa federal em um momento tão inóspito que atravessa a nossa educação. Sendo assim não tenho como não reconhecer e agradecer a atual gestão do IFMG pelos esforços em manter um programa de vital importância para o desenvolvimento profissional dos acadêmicos e em especial a gestão do nosso campus que sempre manteve o foco no desenvolvimento do potencial dos estudantes.

Sendo assim fui um dos selecionados no edital de mobilidade acadêmica internacional em 2017 do Programa Internacionaliza IFMG, com a proposta de projeto de pesquisa intitulada “Desafios e Práticas da Educação Empreendedora no Ensino Superior”.

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Muitos fatores pessoais me motivaram a participar desse processo seletivo; conhecer novas culturas, cultivar novas amizades, aprender um novo idioma, desenvolvimento pessoal e profissional, enfim uma nova experiência de vida. Para isso desenvolvi uma proposta de projeto em que acredito, pois, a educação empreendedora é um meio de valorizar a todos que se envolve em uma instituição de ensino. Incentivando a criatividade e proporcionando o desenvolvimento de todos os envolvidos, desde alunos, professores e toda comunidade acadêmica até a sociedade ao seu entorno.

Apesar de ter chegado recentemente na cidade do Porto, posso afirmar com base nas minhas primeiras impressões e experiências que é um outro universo, muito diferente de tudo que vivenciamos no Brasil, tanto academicamente quanto a sociedade em geral. Porém posso afirmar até então não ter tido nenhuma grande dificuldade de adaptação, o que mais incomodou inicialmente foi o frio, mas rapidamente me acostumei.

A cidade, famosa pelo seu tradicional bacalhau e vinho, é também muito acolhedora e transpira cultura. É indescritível a sensação de passear entre os monumentos históricos da cidade, a cada esquina que se dobra e algo novo a se vislumbrar e se enriquecer culturalmente.

Resido em um bairro conhecido como o Polo Acadêmico, onde estão concentradas as principais instituições de ensino superior da cidade, dentre elas a minha instituição acolhedora o IPP - Instituto Politécnico do Porto e o campus a qual estou alocado, o ISEP -Instituto Superior de Engenharia do Porto.  

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Logo no primeiro dia fui muito bem acolhido pelo o vice-presidente do IPP (equivalente a vice-reitor no Brasil), Carlos Ramos que será o meu orientador no projeto aqui em Portugal, Carlos me apresentou o Instituto que possui uma infraestrutura muito impressionante.

Dentre elas conheci o Porto Design Factory, um prédio de três andares dentro do ISEP que é um laboratório de ideias com base no trabalho interdisciplinar, na investigação aplicada e na colaboração industrial. Nesta plataforma os alunos das mais diferentes áreas cooperam no desenvolvimento de projetos inovadores com a ambição de promover uma mentalidade empreendedora através de um modelo de educação baseado na aprendizagem orientada para a resolução de problemas. A Porto Design Factory (PDF) integra a Design Factory Global Network (DFGN), composta por 20 instituições de quatro continentes. Esta rede possibilita o intercâmbio de alunos e docentes entre os diferentes núcleos, além da troca e partilha de conhecimentos e a colaboração em projetos. A DFGN está instalada em todos os continentes, de Helsínquia a Xangai, de Melbourne a Santiago do Chile, passando pela Holanda, Genebra ou Nova Iorque.

Eles possuem diversos projetos de abrangência global em andamento neste momento e tive a honra de ser convidado a acompanhar alguns desses processos de perto durante os próximos meses. Já iniciando os trabalhos aqui na PDF tive o prazer de conhecer e entrevistar a Carolina Farias, que é professora assistente e me falou sobre o projeto “SQUAD” que é um programa no qual estudantes desenvolvem projetos reais para empresas nas áreas de design digital e UX design. E também o professor Alfredo Gouvêa, ex-diretor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, que está em Portugal a algumas semanas coincidentemente para desenvolver um projeto semelhante para a implementação do empreendedorismo em sua Universidade no Paraná. Esse primeiro brainstorming foi de altíssimo nível e serviu para me incentivar ainda mais a dedicar ao máximo esses próximos meses ao projeto.WhatsApp Image 2018-03-10 at 11.02.09.jpeg

Também ainda nessa primeira semana de intercambio tive a oportunidade de participar de um seminário intitulado “Industry 4.0” que é um tema muito atual e se trata das novas tecnologias como Big Data, Internet das Coisas e manufatura aditiva que são as bases para essa nova revolução industrial. Além de uma visita técnica na Casa do Infante, tida como o local de nascimento do Infante D. Henrique, patrono dos descobrimentos portugueses. É um museu e um dos edifícios mais antigos da cidade do Porto, onde pude conhecer mais sobre a cidade e toda a zona ribeirinha, acompanhando a história da Alfândega Régia e da Casa da Moeda que aqui estiveram instaladas ao longo de séculos, além de uma demonstração das explorações do príncipe navegante “O Infante D. Henrique e os Novos Mundos”, de modo inovador e interativo, temas como a abertura ao mundo e o cruzamento de culturas proporcionados pelos Descobrimentos, bem como as marcas da cultura portuguesa presentes desde o Brasil até ao Extremo Oriente.

Para finalizar uma curiosidade que venho vivenciando aqui é que os estudantes do Ensino Superior aqui usam uns trajes parecidos com os trajes de Hogwarts, do Harry Potter, isso me levou a conhecer a famosa Livraria Lello, que é considerada uma das mais belas do mundo e que tinha como frequentadora assídua do espaço a autora de Harry Potter, J. K. Rowling, durante a sua temporada em que viveu no Porto quando foi professora de inglês, e foi nas célebres escadarias de madeira da Lello que se inspirou para criar as escadas de Hogwarts e também se afirmam por aqui que foi no tradicional café Majestic que a autora rascunhou os primeiros capítulos da saga.

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