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Docente do Campus Itabirito tem projeto aprovado em edital de Economia Verde da Fapemig
Proposta da equipe em que participa a professora de Química Tamyris Cunha foi uma das aprovadas na chamada que destinará, no total, R$9 milhões em recursos.
Trecho do Rio do Doce ( Lagoa Dom Helvécio)- Parque Estadual do Rio Doce
Fonte: http://www.ief.mg.gov.br/component/content/195?task=view- Instituto estadual de Florestas
por : Haniel Abner Marques
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), publicou o resultado da chamada 016/2023 que dispunha, entre outros tópicos, sobre projetos aprovados que buscavam solucionar problemas e propor caminhos sustentáveis para a preservação e desenvolvimento dos biomas e das bacias hidrográficas do estado. Entre as iniciativas aceitas, a proposta pela professora do departamento de Química do IFMG- Campus Itabirito, Tamyris Cunha, intitulada "Uso de bioMOFs como esponjas iônicas para remoção de metais pesados em águas superficiais contaminadas e reaproveitamento delas como catalisadores para degradação de poluentes orgânicos emergentes nas bacias do Rio Doce, Rio das Velhas e Rio Itabirito”, foi uma das contempladas. As MOF’S( sigla para Metal- Organic Frameworks) podem ser entendidas como nanoestruturas porosas, que se modificam com muita facilidade. São formadas durante o processo de montagem de blocos moleculares orgânicos e inorgânicos e possuem grande capacidade de absorção de partículas.
Segundo Tamyris, "a ideia surgiu em função de um problema real, que é o descarte irregular de substâncias tóxicas como os metais manganês, ferro, chumbo e níquel, em águas superficiais da região. Esses elementos são oriundos em sua maioria das residências e da atividade industrial" . Assim, após constatar essa situação, o coordenador do projeto e professor Willian Oliveira, do Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), convidou a ela e a professora Paula Sevenini, da UEMG ( Universidade do Estado de Minas Gerais) – Divinopólis para que, juntos, tentassem propor uma solução para o contágio.
Amostra de água sendo coletada- Imagem Ilustrativa- Fonte : horizonteambiental.com.br
A professora afirma ainda que o projeto apresenta-se como uma opção de enfretamento de um problema real que, por meio do uso de Mofs feitas a partir de aminoácidos, capta e retira de meios aquosos componentes prejudiciais ao ser humano, como os metais pesados, se transformando em bioMOFs: “Vale ressaltar que esse projeto é uma proposta para que nós possamos contribuir para a Agenda 2030, principalmente em função do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, o ODS nº 6, que é o de Água Limpa e Saneamento”, enfatiza a educadora. O uso desse tipo de material específico permite que as esponjas sejam programadas, de maneira que a captura de substâncias seja seletiva e mais rápida, quando comparadas a outros dispositivos.
Para a docente, o fomento de ideias que promovam a sustentabilidade revela um importante reconhecimento feito tanto pelas organizações, quanto pela sociedade em geral, acerca da necessidade de impulsionar o desenvolvimento sustentável e que anseia ver sua ideia aplicada por indústrias. Em um futuro próximo, a pesquisadora afirma existirem planos de expansão, para que as bioMOFS se consolidem como uma “estratégia de descontaminação real” e que também aguarda a obtenção de patente do material por ela articulado.
NOME DO PROJETO |
COORDENADORES/ SUBCORDENADORES |
INSTITUIÇÃO EM QUE ATUA |
VALOR DE FINANCIAMENTO OBTIDO |
Uso de bioMOFs como esponjas iônicas para remoção de metais pesados em águas superficiais contaminadas e reaproveitamento delas como catalisadores para degradação de poluentes orgânicos emergentes nas bacias do Rio Doce, Rio das Velhas e Rio Itabirito |
Coordenador :
Prof. Willian Xerxes Coelho Oliveira
Subcoordenadora: Profa. Paula Sevenini
Subcoordenadora: Profa. Tamyris Cunha
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DEPARTAMENTO DE QUÍMICA -UFMG/FUNDEP
UEMG - UNIDADE DIVINÓPOLIS
IFMG - CAMPUS ITABIRITO |
R$ 302.372,00
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Fonte: Profa. Tamyris Cunha / edital de Economia Verde da Fapemig (chamada 016/2023).
Disponível em: http://www.fapemig.br/media/Edital_16-2023_elNh38s.pdf
“A Fapemig é uma agência do governo de Minas Gerais que busca “apoiar projetos de natureza científica, tecnológica e de inovação, de instituições ou de pesquisadores individuais, que sejam considerados relevantes para o desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social do Estado”. É a única a desempenhar essa função no estado, sendo um dos braços da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.” Fonte: http://www.fapemig.br/pt/-
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