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Professores propõem mudanças na destinação do lixo no campus
Com o intuito de desenvolver uma educação pensada para orientar a participação social e cidadã de jovens em seus diversos círculos de convívio, um grupo de professores do IFMG Ouro Branco propôs o envolvimento dos estudantes na destinação adequada dos resíduos produzidos no campus.
A partir do dia 1º de novembro as lixeiras foram retiradas das salas de aula, dispostas nos corredores dos prédios e identificadas em três modalidades: orgânico, reciclável e não-reciclável. Com esta atitude espera-se que os estudantes contribuam com a redução do lixo escolar e descartem os materiais nos recipientes adequados para que recebam a destinação correta. O material reciclável será destinado à Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis e Reaproveitáveis de Ouro Branco, que já possui parceria com o campus por meio da instalação da “gaiola” de materiais recuperáveis.
Educação Ambiental
A participação dos estudantes nessa escola cidadã desperta a reflexão em prol do próximo e de si mesmo. Acredita-se que, dessa forma, as vivências e reflexões acerca da educação ambiental poderão refletir em melhorias para a vida em sociedade.
Além disso, o envolvimento dos estudantes fará com que reflitam e pratiquem ações urgentes na busca da sustentabilidade de nosso planeta. Objetiva-se, com iniciativas como essa, fortalecer a reflexão de cada um sobre seu papel de cidadão consciente e transformador, corresponsável por difundir atitudes coerentes e de proteção com o meio ambiente.
De acordo com os professores que têm trabalhado esta temática, não se trata de um trabalho pontual com resultados imediatos. No entanto, atitudes como essa farão com que os estudantes repensem o lixo que produzem, direcionem o foco de aprendizagem de forma a favorecer a construção de valores democráticos e cidadãos.
Iniciativas Ambientais
Além dessa proposta, os docentes já se envolvem em atividades que buscam a educação e proteção ambiental. Inúmeras iniciativas são conduzidas em escolas - com participação do IEF - no que diz respeito ao plantio de árvores para recuperação de pontos da cidade, sob coordenação do professor Leandro Morais.
Em uma outra ação, coordenada pelo professor Thiago Toledo, os resíduos orgânicos gerados no Campus são conduzidos para a produção de adubo em composteiras. Resultados obtidos ao longo do processo foram submetidos, na forma de resumo expandido, ao Simpósio de Iniciação Científica, realizado no último mês de agosto em Ribeirão das Neves, que rendeu ao bolsista José Izabel Liberato o prêmio de melhor trabalho na área. O resumo foi apresentado com o título “Análise de parâmetros físico-químicos condicionais à qualidade de adubo orgânico obtido por processo de compostagem desenvolvido no IFMG campus Ouro Branco – MG”.
Ainda sobre resíduos sólidos, o Campus fortalece o processo de logística reversa de pilhas e baterias de celular na cidade de Ouro Branco. Sob coordenação do professor Fabrício Marques, o projeto já recebeu mais de 700 kg desse material, que foi encaminhado para reciclagem, deixando de contaminar solo e água no município.
Em junho de 2019, o Campus foi um dos vencedores do VI Prêmio Gerdau Germinar com o trabalho “Brigadista Aéreo”, desenvolvido pelos professores Carlos Paulino, Édilus Penido e Rodrigo Teixeira. O projeto consiste na construção de uma aeronave não tripulada, do tipo drone, que vai auxiliar a brigada florestal voluntária “Carcará” no monitoramento e controle de focos de incêndio nas unidades de conservação de Ouro Branco.
Outro projeto relevante nesta temática é o denominado PIQ Cnsultor. Sob a coordenação do Professor Gérber Lúcio Leite, tal iniciativa tem como premissa a prestação de consultoria empresarial para a ASCOB – Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis e Reaproveitáveis de Ouro Branco.
Além de todos os projetos e iniciativas mencionados, o Campus tem buscado se tornar uma referência em desenvolvimento sustentável em seus processos administrativos. Entre os principais destaques temos:
- Produção de energia elétrica a partir de usina fotovoltaica;
- Aproveitamento de água de chuva;
- Substituição de todas as lâmpadas pelo tipo LED;
- Instalação de sensores de fotocélulas nas áreas externas;
- Desligamento programado de computadores institucionais, que são encerrados automaticamente às 23 horas; também há programação de desligamento de monitores e discos rígidos durante o expediente, após alguns minutos sem utilização; e, ainda, controle de impressões através de identificação de servidores por crachá ou login;
- Adoção do Sistema Eletrônico de Informações - SEI que promoveu intensa redução de documentos impressos;
- Sistema de impressão com liberação apenas com cartão RFID;
- Projeto de soluções 4.0 para diversas finalidades;
- Fornecimento de canecas personalizadas aos servidores para estimular a redução do uso de copos descartáveis;
- Fornecimento de ecobags institucionais aos servidores para reduzir o uso de sacolas plásticas.