Você está aqui: Página Inicial > Notícias > Projeto “Estúdio em Movimento” busca revitalizar os espaços de produção no IFMG
conteúdo

Notícias

Projeto “Estúdio em Movimento” busca revitalizar os espaços de produção no IFMG

A iniciativa busca revitalizar os estúdios instalados em 17 campi, transformando-os em espaços multiuso. Para 2025, além de contratações, estão previstos, treinamentos e capacitações.
publicado: 01/04/2025 16h40, última modificação: 01/04/2025 16h40

Para revitalizar os espaços de produção do IFMG, que conta hoje com 17 estúdios instalados, e contribuir com as ações de EaD local foi criado o projeto “Estúdio em Movimento”. A proposta é criar diretrizes, normas, padrões de funcionamento e políticas de apoio, suporte, capacitação e treinamento de servidores/colaboradores.

O projeto surgiu diante da dificuldade para operar e aperfeiçoar o uso desses espaços nos campi. Neste cenário, o Centro de Referência em Educação a Distância (Cread) do IFMG considerou que este espaços devem contribuir para a produção de materiais para Ead; uso para comunicação local das unidades; e atendimento às demandas institucionais (como divulgação de ações de Ensino, Pesquisa, Extensão, Processos Seletivos e Vestibular, Eventos etc).

“O Cread sabia do enorme desafio de auxiliar os campi na gestão destes estúdios, já que a proposta original previu a instalação de um por unidade. Nosso projeto ampliou a natureza de utilização dos ambientes, passando de uma estrutura pensada inicialmente para EaD, para um espaço multiuso. Nesse sentido, foi alinhada a inclusão de produção em diferentes mídias para a comunicação local das unidades e também para o atendimento às diversas demandas institucionais”, esclarece o diretor do Cread, Cleder Tadeu Silva.

Uma das primeiras ações da equipe foi a retomada da minuta de regulamento de normas de funcionamento dos estúdios – Instrução Normativa nº 02, de 17 de agosto de 2023 – junto às unidades acadêmicas. O documento aborda estrutura física, normas de funcionamento e utilização dos espaços e equipamentos, atribuições dos envolvidos (usuários e responsáveis técnicos), além de diretrizes para a utilização pela EaD e pela comunicação da Reitoria e dos campi. Por fim, é apresentada a metodologia de produção de conteúdos didático-pedagógicos para EaD do Cread. O material foi submetido à consulta do Comitê Permanente de Assessoramento em Educação a Distância (CopEaD) do IFMG para coleta de sugestões e normatização.

Investimentos e Etapas do projeto

Os estúdios de produção em EaD contam hoje com sala própria com equipamentos específicos e pessoal capacitado. São destinados aos professores, alunos e técnicos administrativos do IFMG para a produção de recursos audiovisuais, com prioridade para objetos de aprendizagem para EaD. Os espaços ofertam serviços de captação e produção, englobando os processos de filmagem e produção de recursos audiovisuais. Gravações de vídeos, áudios, aulas e entrevistas, por exemplo, são atividades desenvolvidas nesses locais.

Em 2025, o investimento é da ordem de R$ 600 mil, com a contratação de 15 bolsistas, dois terceirizados e três estagiários. O objetivo é levar, a todos os campi do IFMG, profissionais especializados e preparados para atuar tanto na gestão dos estúdios quanto na produção de conteúdos e materiais de natureza educacional e pedagógica. Além disso, há financiamento para estruturação de polos de apoio regionais – unidades acadêmicas – para atuar junto aos campi nas ações previstas no escopo da proposta, por região: Bambuí (Oeste), Ipatinga (Leste), Ouro Preto (Inconfidentes) e Reitoria (BH).

Além da contratação de bolsistas, estagiários e terceirizados, já em andamento, estão previstas para 2025 a realização de capacitações e treinamentos tanto para as equipes dos polos regionais quanto para os bolsistas dos campi. Todo o conhecimento será repassado para a comunidade acadêmica – professores, técnicos administrativos e gestores.

O projeto também tem como objetivos específicos concluir e implantar a Metodologia de Produção de Materiais Didático-Pedagógicos para EaD do Cread; e estabelecer plano de monitoramento permanente e manutenção dos espaços. Os últimos meses do ano serão destinados para realizar a avaliação institucional da proposta. A ideia é promover ajustes e negociar com os campi a continuidade do projeto para o ano de 2026. 

Parcerias do projeto

A implantação do projeto “Estúdio em Movimento” é uma articulação entre o Gabinete do Reitor, o Cread e as unidades de Bambuí e Ouro Preto, que integraram a proposta como unidades acadêmicas parceiras na ação institucional, constituindo-se como polos regionais de apoio. O projeto também conta com a anuência do CopEaD, formado por representantes locais de EaD das unidades.

Com relação à capacitação, o Cread desenvolve tratativas com o Diretoria de Comunicação (DCOM), buscando apoio nas ações de formação que envolvem bolsistas, estagiários, servidores e terceirizados. O publicitário Renan Ramos, da DCOM, enfatiza a relevância da iniciativa. “O projeto é importante porque garante a efetiva utilização desses espaços por áreas fundamentais da Instituição. Além disso, fortalece a parceria entre os setores de Comunicação e Educação a Distância”, considera.

O diretor do Cread explica que o centro se comprometeu com o financiamento integral do projeto para 2025. “A ideia é oferecer condições para as unidades implantarem uma cultura de utilização dos seus espaços de produção. A manutenção do projeto, contudo, depende da expansão de cursos e vagas de EaD em cada campus, de maneira que a unidade possa sustentar a continuidade de seus colaboradores externos que atuam na modalidade. Assim, com os próprios recursos oriundos das matrículas da Educação a Distância, o campus poderá ter um quadro mais estável no âmbito de sua política institucional local de EaD, tornando-a, portanto, mais sustentável”, ressalta Cleder.

 "Em Santa Luzia, em pouco tempo já vemos bons resultados. Temos uma pós-graduação EaD que já está em processo de gravação de novas aulas e o apoio técnico é fundamental. A presença técnica no estúdio permitiu não apenas que pudéssemos fazer novas adequações físicas no local para atender as demandas que possam surgir, mas também impulsionou a produção de novos materiais, expandindo a comunicação no campus", destaca o comunicador do Campus Santa Luzia, Gustavo Torres.