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Nota de solidariedade à professora Elisabete e contra a violência escolar
Nesta segunda-feira, 27 de março, o Brasil perdeu a professora Elisabete Tenreiro. E teve professores e estudantes atacados e feridos, fato que aconteceu dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo.
O estarrecimento e tristeza nos paralisam em um primeiro momento, mas hoje precisamos refletir e agir. Primeiro, reverenciar a memória da professora Elisabete, externar nossos sentimentos de solidariedade com a família e estender nossos pensamentos para todas e todos professores que têm sofrido violências cotidianamente no exercício de sua profissão.
É urgente perguntar: por que nossas escolas têm se tornado alvo de tanta violência? Qual a razão de tanto ódio e ataques contra uma instituição e contra profissionais que são um esteio das sociedades democráticas?
Ao longo dos anos temos assistido inúmeros ataques e violências contra escolas, estudantes, professoras, professores e demais trabalhadoras e trabalhadores da educação. No entanto, não temos visto ações que visem tornar esses ambientes e o exercício profissional que se desenvolve ali seguros. É urgente que nos mobilizemos para exigir que haja ações enfáticas e eficazes para romper esse ciclo de ameaças e violências e proteger as escolas e as pessoas que exercem suas profissões nesses espaços, bem como as pessoas que buscam neles um ambiente saudável para estudar e se desenvolver.
As violências têm crescido em toda a sociedade. Mas é notável como as escolas têm se tornado alvos preferenciais do ódio e das disputas em torno do marco civilizatório e dos ataques à democracia em nosso país. Precisamos nos unir e construir uma cultura de paz e convivência saudável, com liberdade e respeito. Vamos, no IFMG, constituir um grupo para organizar propostas de ações que ampliem a proteção a nossas escolas, estudantes e profissionais da educação. O IFMG se compromete ainda a levar essa pauta ao pleno do Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica) e exigir que haja atuação junto às bases parlamentares buscando ações para coibir a violência escolar.
Seguimos unidos e comprometidos com a educação e a paz em nossas escolas.
Carlos Bento - pró-reitor de Ensino
Kléber Gonçalves Glória - reitor
Reitoria do IFMG, 28 de março de 2023