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Qualidade à prova: estudo sobre egressos
Compreender a formação dos egressos da Rede EPT a partir da perspectiva de possíveis empregadores e disponibilizar um protocolo para acompanhamento desses ex-alunos. Esse é o desafio da pesquisa que vem sendo desenvolvida pela professora Katia Alves, do Instituto Federal Sul de Minas - Campus Machado, no âmbito do Observatório de Educação Profissional e Tecnológica (EPT), sob o título “Proposição de protocolo para acompanhamento de egressos”.
A ideia central da pesquisa é que esse acompanhamento seja um instrumento de avaliação de qualidade dos cursos ministrados pelo Instituto e permita, consequentemente, entender a pertinência deles para a sociedade no geral. “Isso possibilitará estudar os pontos positivos e fomentá-los, explorar os pontos de fragilidade para que sejam tomadas iniciativas no intuito de minimizá-los”, aposta a coordenadora Kátia Alves.
Metodologia
Para desenvolver o projeto, os pesquisadores irão abordar a relevância da certificação da EPT no momento de contratação. Também, farão um teste de protocolo de acompanhamento dos egressos por meio de uma pesquisa de ex-alunos do IFSul de Minas e de empregadores no período de 2009 e 2018. A partir disso, será encaminhado um questionário que servirá como apuração de dados para as próximas fases da pesquisa.
A ideia central da pesquisa é que este acompanhamento seja um instrumento de avaliação de qualidade dos cursos ministrados pelo Instituto
Ao analisar os dados, será levado em conta o perfil dos egressos e seu trajeto após finalizar o curso, como o ingresso no mercado de trabalho, além da a possibilidade de estarem cursando outros níveis de ensino e, ainda, verificar se as atividades executadas estão relacionadas à área do curso concluído. A pesquisa também irá abordar uma avaliação da instituição, do curso e dos empregadores conveniados com a Rede EPT que recebem estagiários.
Expectativas e desafios
Os pesquisadores esperam que o projeto deixe à tona o ponto de vista dos possíveis empregadores com relação aos egressos. Com base nisso, pode-se ter uma visão ampla dos aspectos do curso que possam gerar mudanças e melhorias necessárias.
Quanto aos desafios, Katia Alves aponta como principal fator a diversidade da Rede EPT, visto que o acompanhamento deve ser abrangente para todos. “Além disso, o questionário a ser respondido pelos egressos deve ser amplo, sem ser cansativo, para captar todas as informações necessárias no desenvolvimento da pesquisa e um banco de dados de fácil acesso”, acrescenta.
Expansão
Com base na relevância do tema, durante o Seminário do Observatório EPT que ocorreu no fim de maio, onde todos os pesquisadores do grupo reuniram-se pela primeira de forma presencial, surgiu a possibilidade de ampliar o acompanhamento de egressos para outras instituições da Rede Federal de Minas. A ideia foi estudada para que a ampliação se concretize, sendo assim, foram feitas adequações no questionários que serão enviados para seis instituições mineiras federais de educação tecnológica e profissional.
Atualmente, a pesquisa se encontra na reta final de planejamento da coleta de dados dos empregadores, e ainda, com a ideia da expansão, os pesquisadores aguardam a confirmação da participação de outras instituições para o envio dos questionários. Até o momento, além do IF Sul de Minas, Cefet-MG e IFMG já estão inclusos no acompanhamento de egressos.
Sobre o observatório
O Observatório da Educação Profissional e Tecnológica é uma iniciativa de seis Instituições da Rede Federal em Minas em parceria com a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC). O grupo tem o objetivo de realizar pesquisas que auxiliem na tomada de decisão dos gestores das instituições. Seis pesquisadores, distribuídos pelos IF Sul de Minas, Cefet-MG, IF Sudeste de Minas e IFMG compõem a equipe do Observatório. A coordenação do projeto está, atualmente, na Pró-Reitoria de Extensão do IFMG. Saiba mais.
* Com informações do Portal da Reitoria IFMG