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Artigo analisa pandemia na Região Metropolitana de Belo Horizonte
Em uma parceria interinstitucional, o docente do IFMG - Campus Betim, Paulo Eduardo Borges, e os professores de geografia Malena Nunes, do Cefet-MG, e Eliano Freitas, do Coltec-UFMG, desenvolveram artigo no qual observaram a evolução da pandemia de Covid-19 no contexto de seus centros de pesquisa. O trabalho em conjunto, intitulado “A materialidade geohistórica e epidemiológica da Covid-19: reflexões e análises no contexto da Região Metropolitana de Belo Horizonte”, acaba de ser publicado no Boletim Goiano de Geografia (Qualis/CAPES A1) da Universidade Federal de Goiás.
Ao longo do desenvolvimento das sociedades, ocorreram pandemias que dizimaram milhões de vidas, provocando mudanças na ordem social, política e econômica em diferentes territórios. Nesse sentido, os autores ressaltaram a importância de estudos geográficos e buscaram compreender como se deu a propagação da Covid-19 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a partir de uma leitura de fatos como a Gripe Espanhola, no início do século XX, no entorno da capital mineira e ponderações sobre o espalhamento mundial de Sars-Cov-2, no primeiro semestre de 2020.
Foi possível produzir uma cronologia assertiva dos principais fatos da conjuntura de crise social e de saúde. As análises foram feitas a partir da produção de mapas, tabelas e gráficos sobre a distribuição dos leitos de UTI para Covid-19; os casos confirmados; e a dispersão dos óbitos por município da RMBH, utilizando dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde.
Conforme a publicação, também foram observadas ações dos diferentes entes governamentais no que se refere às políticas de combate ao coronavírus. Isso remonta não só à interferência via decretos municipais no isolamento social, mas também em abordagens distintas dentro de um mesmo contexto metropolitano. Assim, o trabalho consegue produzir reflexões sobre (a falta de) diretrizes de integração na lógica emergencial regional e também estabelecer comparações da pandemia entre Belo Horizonte e seu entorno, o restante do estado, a federação e o mundo.