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Pesquisa avalia efeitos da pandemia na vida de adolescentes

Estudo realizado pelo Campus Ouro Preto analisará as consequências do isolamento social na vida e no quadro alimentar dos estudantes de cursos técnicos integrados
publicado: 20/08/2021 07h57, última modificação: 07/03/2024 12h36

O planeta vivenciou um choque de realidade quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o contágio pelo novo coronavírus como uma pandemia - etapa de contaminação que abrange um grande recorte territorial. Desde março de 2020, a “normalidade” do cotidiano caiu por terra em detrimento a novos regramentos sociais. O isolamento, o distanciamento e os protocolos de biossegurança tornaram-se termos comuns no léxico da população, apesar de uma parcela dela se negar a cumpri-los. Na esteira de tantas adaptações, os padrões de vida e de alimentação também sofreram mutações, o que exige um olhar atento da comunidade científica.

Diante a esse contexto, a professora Thalita Macedo Araújo (Codacib) lidera uma pesquisa que se dedicará a avaliar o efeito das mudanças nos hábitos alimentares e nos hábitos de vida dos alunos dos cursos técnicos Integrados do IFMG - Campus Ouro Preto na pandemia. Com a colaboração das professoras Miriam Conceição de Souza Testasicca e Letícia Terrone Pierre, o estudo estimará e comparará o consumo de frutas, legumes, verduras e outros grupos de alimentos antes e durante o isolamento social, além de analisar possíveis correlações entre os hábitos alimentares e as condições socioeconômicas dos estudantes, bem como de traçar paralelos entre tais práticas alimentícias e o ritmo de vida dos participantes. Compreenderá como objetivo da pesquisa, ainda, a investigação do histórico de doenças crônicas não transmissíveis, pregressas e atuais, entre os estudantes e seus familiares.

As pesquisadoras se debruçarão sobre os impactos do isolamento social, com especial atenção à adolescência, tendo em vista à associação das alterações naturais desta fase com as mudanças impostas pela realidade pandêmica, que pode acarretar o surgimento ou agravamentos de patologias físicas e psicológicas. Thalita avalia que a pesquisa atuará “como uma ferramenta para auxiliar a adoção de ações de saúde”.

As professoras contam com a participação de duas bolsistas Pibic Jr., em conformidade à seleção do projeto pelo edital nº 15/2021, promovido pela Pró-reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-graduação. A equipe contemplada percorrerá o segundo semestre deste ano centrada em averiguar, sob o aspecto descritivo observacional, os dados que serão obtidos a partir de um questionário auto aplicado, via internet.

A metodologia de levantamento estatístico será utilizada para fins de comparação, visando englobar resultados que possam contribuir para a tomada de ações de intervenção a curto, médio e longo prazos.

Fonte: Comunicação Ouro Preto