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Foco na permanência

A partir de um detalhado relatório de evasão, o IFMG começa a implementar a Política de Permanência e Êxito dos alunos. Uma série de intervenções, em quatro diferentes eixos de ação, já foi iniciada com o objetivo de minimizar o problema do abandono escolar no Instituto.
publicado: 25/08/2017 09h10, última modificação: 25/08/2017 09h10
Processo seletivo e diagnóstico de entrada, acompanhamento pedagógico, monitoramento de indicadores e assistência. São nesses quatro eixos e em suas subdivisões (12 ao todo) que a Pró-Reitoria de Ensino (Proen) irá concentrar parte de seus esforços a partir de agora.  

 

A Proen, contudo, não atuará sozinha, haja vista o caráter multisetorial das ações. Vários outros setores do IFMG compartilharão de tal responsabilidade, sendo também agentes na construção dessa Política.  “Minimizar a evasão deve ser um compromisso de todos os servidores. A cada um de nós cabe um pouco do enfrentamento do problema. Essa é a luta: buscar uma escola que permita o bem estar do estudante, dando-lhe condições de concluir seu curso”. A afirmação é do pró-reitor de Ensino, Carlos Bernardes Rosa Júnior.

Essa Política de Permanência e Êxito é o desdobramento de um trabalho iniciado no final de 2015 e atende a um acórdão celebrado junto ao TCU. Ficou determinado, na época, que cada instituto federal criaria seu próprio plano de monitoramento e combate à evasão escolar. Constituiu-se, então, uma comissão central, que pesquisou referências e coletou dados, além de elaborar e aplicar um questionário aos estudantes evadidos do IFMG.

A partir disso, o foco foi traçar o perfil desses ex-alunos, destacar os fatores mais relevantes relacionados à evasão e sistematizar as iniciativas numa política institucional. Tudo em conjunto com as comissões locais. “O relatório sintetiza o trabalho de uma equipe multicampi e multidisciplinar de aproximadamente 80 pessoas e permitiu que dimensionássemos o problema pela primeira vez”, explica o diretor de planejamento e desenvolvimento de ensino do IFMG e presidente da comissão central, Lucas Alves Marinho.

Carlos Bernardes chama a atenção para a complexidade do fenômeno da evasão e o grau de dificuldade dos trabalhos, tanto os já realizados, quanto futuros. Ocasionado por fatores que extrapolam  o universo da escola, o abandono constitui um enorme desafio. “A evasão não é um problema apenas dos Institutos Federais, tampouco do IFMG. Buscar a integração da família dos estudantes com nossa instituição, juntamente com os dados deste trabalho, será uma ferramenta preciosa para o sucesso de nossos alunos.”

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 O Relatório

Além de dimensionar e detalhar uma série de aspectos referentes à evasão escolar, o Relatório trouxe alguns dados, que, de certa forma, surpreenderam os pesquisadores, pois desmistificam certas ideias pré-concebidas. O principal deles talvez seja a relação entre renda familiar e evasão: segundo o documento, quase 60% dos alunos evadidos têm renda familiar de até três salários mínimos. Dentro desse grupo, porém, a taxa de abandono é até três vezes menor justamente dentre aqueles estudantes com as rendas mais baixas (de até 1 salário).

Ficou evidente, após o estudo, a importância das ações afirmativas para o ingresso de estudantes, como a política de cotas. De acordo com o Relatório, esses alunos tendem a evadir três vezes menos que seus colegas ingressantes via processo seletivo por ampla concorrência. As taxas de abandono são particularmente maiores  durante o 1º ano do ensino médio e nos dois semestres iniciais dos cursos superiores. 

Confira abaixo o relatório completo. Para fazer o download do arquivo, clique aqui.