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Ensino, pesquisa e extensão ganham vida no Parque Estadual do Pico do Itambé
Belezas naturais, ciência e educação caminharam lado a lado entre maio de 2024 e março de 2025 no coração da Serra do Espinhaço. Foi nesse período que se desenvolveu o projeto de pesquisa “Comunidade de insetos e aracnídeos do Parque Estadual do Pico do Itambé”, uma parceria entre o IFMG - Campus Bambuí, sob coordenação do professor Gabriel C. Jacques, e o IFSuldeMinas - Campus Inconfidentes, representado pelo professor Marcos M. de Souza.
O objetivo foi ambicioso: registrar a diversidade e ecologia de insetos - como vespas e libélulas - e aracnídeos - como opiliões e escorpiões - em uma das regiões mais biodiversas e emblemáticas de Minas Gerais. E os resultados já começaram a aparecer: mais de 20 artigos e notas científicas estão previstos, com duas publicações já disponíveis que podem ser acessadas ao final da notícia.
Mas o projeto foi além dos dados científicos. Por meio de ações de extensão, a comunidade de Santo Antônio do Itambé foi diretamente envolvida. Um exemplo criativo foi a exposição de fotografias dos animais coletados em uma padaria local, despertando o interesse e a curiosidade dos moradores sobre os pequenos habitantes do parque.
“A realização destes projetos é de suma importância para conscientizar a comunidade local sobre o valor das Unidades de Conservação". Prof. Gabriel Jacques
Na dimensão do ensino, a iniciativa também se destacou. Durante a última campanha de campo, foram realizadas aulas de educação ambiental para estudantes do 6º e 7º anos das escolas da cidade. As atividades abordaram a importância da conservação de insetos e aracnídeos e o papel fundamental das Unidades de Conservação para a manutenção da biodiversidade.
Segundo o professor Gabriel Jacques, “a realização destes projetos é de suma importância para conscientizar a comunidade local sobre o valor das Unidades de Conservação. E isso só é possível graças ao apoio institucional dos dois institutos, que viabilizam esse tipo de trabalho em campo.”
A parceria entre as instituições já completa cinco anos de atividades conjuntas, com dezenas de publicações científicas resultantes. E a jornada continua: neste ano, os pesquisadores levam seus esforços ao Parque Nacional do Caparaó, onde novos capítulos dessa história de ciência e conservação serão escritos.
Confira os trabalhos publicados
- Predation of Gripopteryx sp. (Plecoptera: Gripopterygidae) by Argia claussenii Selys, 1865 (Odonata: Coenagrionidae) in Campo Rupestre, Minas Gerais
- NESTING OF Mischocyttarus socialis (Saussure, 1854) (Vespidae: Polistinae) INSIDE THE ABANDONED NEST OF Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) (Passeriformes: Rhynchocyclidae) IN SOUTHEASTERN BRAZIL
Fonte: Comunicação Campus Bambuí | Prof. Gabriel C. Jacques
