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Docente do IFMG obtém premiação por trabalho sobre armazenamento de energia

Tese do professor William Amorim, do Campus Itabirito, obteve o 2º lugar no Prêmio Sobraep de Tese, Dissertação e TCC 2025
publicado: 29/10/2025 15h16, última modificação: 30/10/2025 15h18

O professor William Caires Silva Amorim, do Campus Itabirito, foi agraciado com o 2º lugar no Prêmio Sobraep de Tese, Dissertação e TCC 2025, promovido pela Sociedade Brasileira de Eletrônica de Potência. O resultado, divulgado no final de setembro, reconhece os melhores trabalhos acadêmicos desenvolvidos em todo o país na área de Engenharia Elétrica.

O trabalho premiado, orientado pelo professor Victor Flores Mendes no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE) da Universidade Federal de Minas Gerais, propõe uma inovação tecnológica voltada ao avanço dos Sistemas de Armazenamento de Energia em Bateria (BESS).

"Receber este prêmio me lembra por que escolhi a Engenharia Elétrica: para inovar e simplificar. Ele é um incentivo poderoso para continuar explorando o potencial da eletrônica de potência e contribuindo para um futuro energético mais eficiente e confiável", comenta William Amorim. 

O MPE simula as condições elétricas reais de operação de um submódulo de alta tensão, porém em ambiente de baixa potência, permitindo que os testes sejam mais ágeis, econômicos e precisos.

Saiba mais: Emulador simplifica testes de baterias em sistemas de alta tensão

Em sua tese de doutorado, William Amorim desenvolveu um Emulador de Perfis de Missão (MPE). Segundo o professor, a ferramenta pode revolucionar os testes de confiabilidade e vida útil de baterias utilizadas em sistemas de alta tensão, como os Conversores Modulares Multiníveis (MMC)  - tecnologia amplamente empregada em redes elétricas modernas e sistemas de armazenamento de energia.

Os MMC são essenciais para aplicações de média e alta tensão, mas sua implementação completa demanda dezenas ou até centenas de submódulos, o que torna os testes complexos e dispendiosos. O MPE surge como uma solução a esse desafio: ele simula as condições elétricas reais de operação (tensão e corrente) de um submódulo de alta tensão, porém em ambiente de baixa potência, permitindo que os testes sejam mais ágeis, econômicos e precisos.

“O MPE pode reduzir significativamente a necessidade de implementar o conversor completo, o que contribui para testes mais rápidos das características elétricas do MMC, especialmente das baterias”, explica o professor. A principal vantagem da tecnologia é preservar o conteúdo harmônico da operação real, garantindo que os testes sejam representativos mesmo em escala reduzida. Isso permite projetar conversores mais confiáveis e eficientes, com impacto direto no desempenho e na vida útil das baterias.

"Para mim, este prêmio transcende a esfera acadêmica; ele é o reconhecimento de uma paixão que me move há anos. A jornada para desenvolver o Emulador de Perfis de Missão foi intensa e exigiu muita dedicação. Ver a ideia de simplificar os testes de baterias em sistemas de alta tensão – tornando-os mais acessíveis e econômicos – sair do papel e se tornar uma ferramenta validada é incrivelmente gratificante", comemora o professor.

 O projeto foi validado por meio de simulações e de um protótipo em escala reduzida, que demonstraram resultados consistentes com os modelos teóricos e analíticos. "Acreditamos que o MPE tem o potencial de realmente fazer a diferença, facilitando a vida de muitos pesquisadores e engenheiros que trabalham com os desafiadores Conversores Modulares Multiníveis", afirma William Amorim. A pesquisa também explorou estratégias de filtragem passiva e ativa para reduzir componentes harmônicos indesejados, aprimorando ainda mais o desempenho dos sistemas de armazenamento.