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IFMG tem o melhor Índice de Eficiência Acadêmica da região Sudeste

Levantamento reúne informações acadêmicas dos Institutos Federais de todo o Brasil e foi divulgado pelo Ministério da Educação por meio da Plataforma Nilo Peçanha
publicado: 16/04/2019 17h06, última modificação: 19/03/2024 14h27

O melhor Índice de Eficiência Acadêmica entre os Institutos Federais da região Sudeste do Brasil é do IFMG. É o que diz a Plataforma Nilo Peçanha, um ambiente virtual de coleta, validação e disseminação dos dados oficiais da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, gerido pelo Ministério da Educação e utilizado na formatação da matriz orçamentária. Os dados apontaram o índice de 56% para o IFMG, quase 8% acima da média nacional, de 48,2%, e 5,3% melhor que o número divulgado no ano passado, de 50,7%. Essa é a segunda vez que a plataforma é atualizada. Os números, divulgados no final de março, são referentes a 2018 e reúnem 964.593 matrículas em 11.159 cursos, distribuídos em 647 instituições de todo o país.

“Pelo resultado, temos que reconhecer que houve uma grande melhora, relacionada a diversos fatores. O primeiro deles é a eficiência do trabalho dos nossos campi, o corpo docente bem qualificado e o comprometimento dos nossos servidores técnico-administrativos. O número se reflete também na compreensão que a comunidade passou a ter do IFMG, do papel que a educação de qualidade representa. Além, é claro, da dedicação de nossos estudantes, que entendem a educação como algo que pode tornar a vida deles melhor. Mas vemos também que há muito o que melhorar, estamos longe do teto, que é 100%”, avalia o reitor, Kléber Gonçalves Glória.

Números nos campi

Constituído de três variáveis, o Índice de Eficiência Acadêmica é obtido levando em conta a relação do número de alunos formados com o percentual daqueles que abandonaram seus estudos e com a quantidade de estudantes que ficaram retidos. No caso do IFMG, em 2018, 51,43% concluíram o ciclo de estudos; 40,35% evadiram; e outros 8,22% foram reprovados. Entre os campi, Ribeirão das Neves foi o que registrou o melhor percentual, alcançando 84,5%, o melhor resultado entre as 67 unidades de Instituto Federal e do Cefet em Minas Gerais.

No âmbito do IFMG, também obtiveram Índice de Eficiência Acadêmica maior que 60% os campi Bambuí (64,2%), Conselheiro Lafaiete (68,6%) e Itabirito (64,5%). Na avaliação do pró-reitor de Ensino, Carlos Bernardes, assim como afirmou o reitor, “há muito o que avançar”. “Temos que tratar isso, reconhecendo, primeiramente, que existem problemas. Chegar a um índice de 56% significa que ainda temos o que melhorar, principalmente o fato de que grande parte dos nossos alunos foram embora ou ficaram retidos e isso tem um peso enorme nessa discussão”, declara.

Para o reitor, o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos na gestão acadêmica está dando resultado. “Entendemos que o aumento da eficiência tem muita relação com o empenho das equipes pedagógicas nos campi e na Reitoria, com o projeto de IFMG que acreditamos. Houve investimento maciço na assistência estudantil, com a criação de uma diretoria, em 2015, pois compreendemos que boa parte dos problemas acadêmicos se deve à realidade socioeconômica dos alunos. Também houve uma preocupação em estruturar a Pró-reitoria de Ensino, que pôde desenvolver uma série de ações, como a criação de regulamentações, que passaram a dar mais segurança à atuação dos campi, no acompanhamento e oferta de cursos”, acrescenta.

Assistência estudantil

No caso da assistência estudantil, de acordo com o pró-reitor de Extensão, Fernando Braga, em 2018 foi possível atender 43% dos estudantes que se candidataram aos programas de bolsa permanência. Também há atendimento com moradia estudantil e restaurante escolar, nos campi que contam com essa infraestrutura. “Estabelecemos uma política de perfilamento através de indicadores sociais, de forma a garantir que os estudantes mais vulneráveis fossem atendidos. Além disso, no que se refere aos programas de apoio pedagógico, o IFMG ofertou cerca de 290 monitorias, que tiveram como objetivo contribuir para redução dos índices de repetência e evasão”, informa o pró-reitor. Para proporcionar ampliação continuada do programa de assistência, o IFMG estabeleceu, desde 2017, uma diretriz orçamentária complementar aos recursos que já são obrigatoriamente destinados para essa finalidade.

O pró-reitor de Ensino acredita também que o trabalho desenvolvido no IFMG para entender os números da evasão e retenção está sendo importante para pensar as estratégias. “Foi feita uma longa pesquisa, que gerou um relatório sobre evasão e, a partir das conclusões do documento, foram implementadas diversas ações, como, por exemplo, o lançamento do edital de projetos de ensino, que traz como uma das prioridades a discussão sobre evasão e retenção”, argumenta.

A pesquisa, que foi compartilhada com as direções de ensino das unidades, envolveu um trabalho de análise por campus e por disciplina para identificar os motivos que levam o aluno a abandonar o curso. Para Bernardes, essas ações internas irão, nos próximos anos, alicerçar o desempenho do IFMG para obtenção de um resultado melhor. “O ensino não se resolve com uma variável, são muitas. Estamos trabalhando naquelas que podemos melhorar, mas uma parte delas está fora do nosso alcance, como a estrutura e o ambiente familiar. A vida privada do estudante é ponto fundamental como reflexo do seu desempenho na escola”, analisa o pró-reitor.

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