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Museu resgata trajetória e traz acervo de imagens do Campus Bambuí
Com quantos personagens se constrói a história de uma escola? No caso do IFMG – Campus Bambuí, ao longo dos últimos 52 anos, muitos foram aqueles que contribuíram para que a escola se tornasse o que ela é hoje: estudantes, professores, técnicos e diretores. O Museu Histórico Institucional do IFMG – Campus Bambuí tem, em seu acervo, uma série de documentos e objetos que ajudam a contar um pouco da história da instituição.
Fotografias, antigas camisetas, documentos variados, materiais de laboratório e outros objetos revelam um pouco do cotidiano de estudantes, professores e técnicos que passaram pelo Instituto nas últimas décadas. Um dos espaços do Museu é um ambiente que reproduz o cenário de uma antiga sala de aula: estão ali um quadro negro e cadeiras escolares que remetem aos primeiros anos da história do Campus. Já a memória dos antigos diretores tem espaço garantido em um ambiente que simula um antigo gabinete de Direção.
O próprio prédio onde está instalado o Museu foi, diga-se de passagem, a casa do primeiro diretor da escola, o engenheiro agrônomo Guy Torres, como lembra um ambiente do Museu que reproduz uma antiga sala de estar. O imóvel foi reformado para abrigar o Museu e, atualmente, é um dos principais pontos do circuito de visitação ao Campus Bambuí. Em 2020, as visitas ao espaço seguem suspensas em função da pandemia de Covid-19, mas o seu rico acervo segue ali guardado, com o intuito de se preservar a memória da instituição.
Uma instituição que, vale ressaltar, tem mais de meio século de história, uma história que está intimamente ligada à trajetória da Educação Profissional e Tecnológica no Brasil ao longo dos últimos 52 anos. Construído no local onde havia um Posto Agropecuário, no qual foi criado um Curso de Tratoristas ainda na década de 1950, o Campus Bambuí surgiu a partir da antiga Escola Agrícola de Bambuí, criada em 1961, posteriormente transformada em Ginásio Agrícola, no ano de 1964; em Colégio Agrícola, em 1968, em Escola Agrotécnica Federal, no ano de 1979; em Centro Federal de Educação Tecnológica, no ano de 2002; e, finalmente, em um Campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, em 2008.
Se hoje, na entrada do Campus, está escrita a frase “Aprender para fazer, fazer para aprender”, o Museu resgata uma antiga logomarca da escola que mostra um homem revolvendo a terra com um livro, logomarca essa que possui a seguinte frase: “A inteligência cultivando o solo”. Desse modo, o Museu mostra que a integração entre o conhecimento técnico e o conhecimento acadêmico sempre foi uma marca registrada da escola, afinal, o “saber” e o “fazer” precisam sempre caminhar juntos. Nestes seus 52 anos de história, o IFMG – Campus Bambuí tem se mantido firme na proposta de formar não apenas profissionais aptos a atuarem no mercado de trabalho, em suas áreas de formação, mas também cidadãos conscientes do seu papel na sociedade e no desenvolvimento social e econômico do Brasil.
Mais do que preservar o patrimônio histórico da escola, o Museu Histórico Institucional contribui também para lembrar a todos que a Educação pública de qualidade é um patrimônio do Brasil que precisa ser sempre valorizado e protegido, uma vez que é por meio da Educação que se transforma não apenas as vidas das pessoas, em um sentido individual, mas também o País como um todo.
Texto: Prof. Rodrigo Francisco Dias