Celebrando 1 ano, Pesquisaí recebe Rochel Lago, docente da UFMG referência na área de inovação

Comemorando um ano de criação, o videocast Pesquisaí chegou à sua 20ª edição na última quinta-feira, 15 de maio. O novo episódio, já disponível no YouTube, traz um convidado especial: o professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais, Rochel Montero Lago. Com um extenso currículo, o docente é graduado em Química pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mestre pela mesma instituição, especialista pela Gifu University, do Japão, e doutor em Química Inorgânica pela Universidade de Oxford, na Inglaterra. Também realizou pós-doc no Instituto de Catálise e Petroquímica, em Madri, na Espanha, e na Escola de Negócios da Universidade de Montreal, no Canadá, onde trabalhou com o tema Empreendedorismo Tecnológico.

No bate-papo com a professora e coordenadora de Pesquisa do IFMG, Gláucia Xavier, Rochel Lago discute como fazer inovação com impacto positivo na sociedade. Com vasta experiência na área, o docente participou da criação do curso de Mestrado e Doutorado em Inovação Tecnológica da UFMG. Também foi coordenador da Incubadora de Empresas da universidade, ganhando o prêmio de melhor prática de incubação no Brasil pela Anprotec 2007. Possui cerca de 27 patentes e cinco know-hows. Além disso, realizou o scale-up de oito tecnologias com plantas piloto e estudo de mercado. Tem recebido vários prêmios nacionais e internacionais de empreendedorismo e inovação.

Ao longo da conversa, Lago explica que “inovação é qualquer coisa nova aplicada com sucesso”. Mas ele vai além, explicando que esse sucesso deve ser medido por meio de seus impactos sociais, ambientais ou econômicos. Como exemplo, cita os projetos de inovação desenvolvidos junto a comunidades do município de Rio Doce, na Zona da Mata de Minas, afetadas pelas consequências do rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana, no ano de 2015.

“Se a gente quer impactar a sociedade através da inovação, o primeiro passo é formar profissionais incríveis, profissionais que vão mudar o mundo de maneira positiva”.

Para o docente, “a inovação começa com a insatisfação”. A partir dessa ‘fagulha’, é preciso que as instituições de educação e pesquisa, como as universidades e institutos federais, criem espaços para acolher os professores, os servidores e os estudantes que queiram inovar. Nesse caminho, Lago argumenta que a inovação precisa ser institucionalizada com políticas de incentivo que amparem as iniciativas que venham a surgir, principalmente junto à iniciativa privada. “Interagir com empresas é uma forma do conhecimento inovador transbordar para a sociedade”, defende.

Outro ponto abordado no videocast foi a discussão sobre como estimular os professores a trabalhar com projetos de inovação. Lago acredita que o ponto de partida é pensar em maneiras de “formar melhor nossos alunos”, buscar dar a eles uma formação que vá além do conhecimento técnico. O bate-papo pode ser assistido na íntegra pelo canal IFMG Play, no YouTube. Acesse na tela abaixo ou clique neste link.