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Programa Autonomia e Renda Petrobras promove a inclusão de pessoas com deficiência
No mês que marca a luta e a visibilidade das Pessoas com Deficiência (PcD), o Programa Autonomia e Renda Petrobras reforça seu compromisso com a inclusão, a cidadania e a empregabilidade dessas pessoas. Por meio de políticas de ações afirmativas, todos os seus cursos de formação profissional ofertados reservam vagas para candidatos PcD e fornecem apoio pedagógico necessário aos alunos com necessidades educacionais específicas.
Em sintonia com a campanha do Setembro Verde, o IFMG exemplifica como a educação pode ser a chave para quebrar preconceitos e construir trajetórias de sucesso. Segundo a coordenadora do Programa na instituição, Marie Luce Tavares, o ingresso e a permanência das pessoas com deficiência é prioridade desde a seleção dos candidatos até a conclusão do curso, com adaptações pedagógicas e acompanhamento especializado quando necessário. “Os estudantes com deficiência têm demonstrado esforço e capacidade. Nosso compromisso é criar oportunidades para que conquistem o lugar que lhes pertence no mundo do trabalho”, reforçou.

Protagonismo e superação
Os resultados dessa abordagem inclusiva se refletem nas histórias dos alunos. O estudante Gabriel Martins, do curso Técnico em Mecânica oferecido no Campus Betim, é um exemplo. Para ele, que é surdo e tem na língua de sinais a sua primeira língua, a acessibilidade comunicacional foi fundamental. “Ter intérprete de Libras é muito importante pra mim, ajuda bastante no meu aprendizado. Estou estudando pra ser técnico em Mecânica no IFMG, em parceria com a Petrobras, e fico muito feliz por essa oportunidade. Sou surdo, tenho orgulho disso, e também tenho um grande sonho: me tornar profissional e chegar até a Petrobras. Neste mês de setembro, no dia 26, é o Dia dos Surdos. Parabéns a todos nós!”, disse ele
Em Betim, ele conta com o apoio dos intérpretes Davidson Henrique Estanislao, que descreve a experiência. “É enriquecedor trabalhar ao lado do Gabriel, que é surdo. O contato com as diferenças nas relações me permite me deslocar um pouco de mim mesmo. Sempre me esforço para não apenas olhar pra ele, mas olhar o mundo a partir dele. Quem se permite tocar o outro e ser tocado pelo outro só tem a ganhar”, ressalta. E Luciane Dornelas Estanislao, para quem a experiência de intérprete vai além de uma função profissional: “Para mim é uma experiência significativa poder contribuir na acessibilidade, para que os surdos tenham oportunidades de aprender e ampliar suas possibilidades através de um programa tão importante como este, que reforça o compromisso com a inclusão e capacita famílias para um futuro melhor”, afirmou.
Atendimento especializado
Para atendimento de diferentes necessidades, o Programa conta com apoio especializado. A ideia é promover uma inclusão que não fique restrita ao discurso, mas que seja uma prática regular. Assim, os cursos com estudantes surdos contam com o apoio de intérpretes de Libras. Há, também, uma equipe pedagógica especializada para adaptar metodologias e garantir que cada aluno tenha seu potencial desenvolvido.
Débora Goulart, integrante da equipe multidisciplinar, destaca a importância de mecanismos de inclusão. “Eu atuo como apoio pedagógico no programa, mas trabalho no IFMG como Intérprete de Libras e participei da seleção de intérpretes para o curso. Entendo que sem profissionais habilitados na área, seria inviável superar as barreiras comunicacionais. A presença do intérprete de Libras garante que o surdo tenha acesso ao conteúdo em sua própria língua e possa participar das aulas em igualdade de condições comunicacionais com os demais”, falou Débora.
Sobre o Setembro Verde
O Setembro Verde foi proposto em 2015, pela Federação das APAEs do Estado de São Paulo (FEAPAES-SP), inspirada pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), que entrou em vigor naquele ano. A ideia foi escolher setembro por já abrigar o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21/09) e associá-lo à cor verde, que simboliza esperança, inclusão e acessibilidade. A campanha coloca o tema em evidência na mídia, nas escolas, nas empresas e no poder público, ajudando a combater estereótipos e preconceitos. Mostra que a deficiência é parte da diversidade humana e não uma limitação que define um indivíduo.
O Programa Autonomia e Renda Petrobras se consolida como um grande aliado da causa, pois ao apoiar a oferta de formação profissional de qualidade por meio de ações afirmativas, contribui diretamente para que essas pessoas conquistem autonomia e tenham acesso a oportunidades justas e dignas no mercado de trabalho.
Atualmente, o Programa conta com 124 alunos com deficiência matriculados. Os cursos oferecidos buscam não apenas capacitar os estudantes para o exercício profissional, mas também promover a autonomia, a renda e a valorização da diversidade.
