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Tecnologia desenvolvida por alunos do IFMG pode auxiliar no combate à Covid-19
Um projeto desenvolvido especialmente para a Olimpíada de Inovação do IFMG pode resultar numa importante ferramenta para o combate de doenças contagiosas, como a Covid-19, provocada pelo novo coronavírus. Desenvolvido por cinco estudantes do curso de Engenharia de Controle e Automação do Campus Betim, sob a orientação do professor Virgil Almeida, o trabalho de pesquisa prevê a construção de um dispositivo inteligente que monitora a frequência de higienização das mãos. Pensado para o ambiente hospitalar, trata-se do primeiro passo para o desenvolvimento do projeto “Hospital Inteligente”, que visa aliar tecnologia, robótica e engenharia aos sistemas de saúde.
“Fizemos uma montagem na qual conseguimos chegar ao funcionamento mínimo. Por meio de testes, comprovamos a viabilidade da construção, montagem e aplicação, tanto na parte eletrônica quanto no algoritmo implementado para o funcionamento. Assim que recebermos os recursos será possível desenvolver o protótipo de maior fidelidade”, explica Bruna Ribeiro Santos, uma das alunas envolvidas, que está no quinto período da graduação.
Além dela, fazem parte do projeto “Avisa” os estudantes Arthur Carlos, Vinícius Moura e Marlon Lemos, do mesmo curso, e a ex-aluna Rafaela Boehme, que agora está cursando Design de Produto na Universidade do Estado de Minas Gerais. O grupo trabalha em um projeto que ajude profissionais da área da saúde a manter a higienização das mãos corretamente e que também facilite essa verificação pelos usuários do serviço.
De acordo com estudos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os profissionais de saúde tendem a higienizar as mãos em uma frequência 60% menor à recomendada, apesar do ato ser responsável pela redução de até 70% dos casos de infecção. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), infecções hospitalares são a quarta maior causa de mortes no mundo.
Além da higienização, o dispositivo também pode ser conectado a um banco de dados na nuvem e, com isso, contribuir para uma gestão capaz de atuar em pontos estratégicos apontados pelos diversos sensores presentes nos dispensers de sabão e álcool em gel. Para o grupo, no cenário atual, com o avanço da Covid-19, é preciso pensar em soluções para reduzir a vulnerabilidade nos sistemas de saúde. “O que ocorre hoje mundialmente demonstra o quanto somos suscetíveis à disseminação de doenças contagiosas, quando não se é dada a devida atenção e não se tomam as medidas preventivas necessárias. Isso tudo mostra a necessidade de investimento em tecnologias de monitoramento inteligente das doenças contagiosas”, afirma Bruna.
O trabalho de pesquisa começou em 2019 e atualmente aguarda os recursos que serão liberados pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do IFMG para que os estudantes deem sequência às próximas etapas. A equipe responsável também busca investidores que possam tornar o projeto uma solução para todo o sistema de saúde. O contato pode ser feito pelo e-mail projetoavisa@gmail.com.