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Saúde Mental e Burnout

publicado 12/12/2024 13h33, última modificação 12/12/2024 13h33

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Aconteceu essa semana, em Ouro Preto, o Planeta IFMG com diversas atrações, dentre elas o lançamento da cartilha pela Pró Reitoria de Gestão com Pessoas -  “QUANDO O TRABALHO ADOECE: SÍNDROME DE BURNOUT UMA CARTILHA DE PREVENÇÃO PARA O IFMG” elaborada pela psicóloga Patrícia Dias, do campus Ouro Branco, mestre do Programa PROFEPT e de seu orientador Pablo Menezes e Oliveira. Estiveram presentes no lançamento: Heloisa Cristina Pereira, Pró Reitora de Gestão com Pessoas do IFMG, Rafaela Lucarelli, Diretora de Desenvolvimento e Administração de Pessoas, Gustavo Reis de Moraes, Coordenador de Gestão de Cadastro e Pagamento de Pessoas  e Silvana Nahas Ribeiro, chefe do setor de Qualidade de Vida e Segurança do Trabalho e Capacitação.  

O lançamento da cartilha ocorreu juntamente da mesa redonda “Saúde Mental e Burnout”  que discutiu os desafios atuais de saúde mental no trabalho e estratégias de enfrentamento ao Burnout, considerando o contexto das organizações e as relações interpessoais no IFMG com a participação da Pró Reitora de Extensão da PUC Minas:  Prof.ª Dr.ª Carolina Costa Resende.

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Como podemos compreender melhor a Síndrome de  Burnout?

De acordo com a cartilha,  Burnout é uma doença ocupacional que reflete o esgotamento profissional e que atinge diretamente a um ideal de si e do trabalho, levando o trabalhador ou a trabalhadora à frustração. Ou seja, é vivenciada uma contradição entre as exigências impostas - pelo trabalho e por si próprio - e o que é possível realizar. À medida que são colocadas expectativas irrealizáveis, o indivíduo, ao não conseguir responder ao esperado, se frustra e esse desgaste tem como ressonância a perda do sentido do trabalho.

A Síndrome de Burnout seria resultante de estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso e que pode acarretar em sentimentos de exaustão ou esgotamento de energia, levando ao esgotamento mental e redução da produtividade.

Desde janeiro de 2022, o Burnout foi incluído na nova Classificação Internacional de Doenças (CID-11). A Organização Mundial de Saúde (OMS), oficializou o Burnout como síndrome ocupacional crônica, já que é um fenômeno ligado ao trabalho, em virtude de estresse crônico não administrado adequadamente

Quais são os sintomas?

Os sintomas variam de fatores emocionais a problemas físicos. Como alguns sintomas podem ser considerados comuns e leves, as pessoas tendem a achar que o Burnout é passageiro. Porém, a piora pode ser rápida e as complicações podem ser evitadas com o diagnóstico precoce e tratamento correto.

Sinais físicos

  • Falta de realização pessoal

  • Tendência em avaliar o próprio

  • Sentimento de impotência

  • Dificuldade de concentração

  • Irritabilidade e falta de empatia

  • Baixa Tolerância à frustração

  • Componentes Paranoides

Sinais emocionais

  • Mal estar geral

  • Fadiga

  • Dor de cabeça frequente

  • Alterações no apetite;

  • Insônia;

  • Dificuldades de concentração;

  • Alergias

  • Hipertensão arterial

  • Alterações repentinas de humor;

  • Perda ou ganho de peso

  • Fadiga.

  • Pressão alta.

  • Dores musculares.

  • Problemas gastrointestinais.

  • Alteração nos batimentos cardíacos


De acordo com a psicóloga Patrícia, assim como a falta de acesso a insumos e serviços é um motivo lógico para repensar procedimentos e processos, casos de Burnout dos servidores também impactam a eficiência das instituições de ensino. Podem ser esperados efeitos não apenas a curto prazo, como no desligamento de servidores, mas também a longo prazo contribuindo para uma cultura de baixo engajamento, alto índice de afastamento por saúde, aumento nos conflitos interpessoais na instituição, nos casos de assédio e consequentemente nos índices de desempenho do IFMG.

 

Como promover saúde mental?

 

  • Ampliar o foco para além do indivíduo, avaliando práticas institucionais, de equipes e de gestores;

  • Trabalhar com dados mais precisos sobre os reais fatores prejudiciais à saúde mental em cada local, e avaliar criteriosamente as intervenções em saúde mental e bem-estar;

  • Desenvolver atitudes de genuína empatia e respeito, desconstruindo estigmas e preconceitos sobre o sofrimento mental. Assim, desenvolver ambientes mais seguros para quem sofre, poder falar e buscar ajuda.

 

Gestores

 

  • Promovendo a conscientização: É essencial promover uma política de conscientização de funcionários e gestores sobre a síndrome. Dessa forma, é possível identificar de forma precoce possíveis sinais e proporcionar ajuda quando necessário.

  • Gerenciando melhor a carga de trabalho das equipes: É importante estabelecer limites para a quantidade de trabalho executado e distribuir de forma saudável as tarefas do dia a dia.

  • Construindo um ambiente de apoio: Busque incentivar aos colaboradores um ambiente de trabalho onde eles possam se sentir ouvidos, apoiados e valorizados.

  • Promova o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal: Incentive práticas saudáveis de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, como pausas regulares, férias e a rotina fora do ambiente de trabalho.



Quer saber mais sobre o assunto ? Acesse aqui a cartilha há muitas informações úteis e bem detalhadas.