Saúde Mental e Burnout
Aconteceu essa semana, em Ouro Preto, o Planeta IFMG com diversas atrações, dentre elas o lançamento da cartilha pela Pró Reitoria de Gestão com Pessoas - “QUANDO O TRABALHO ADOECE: SÍNDROME DE BURNOUT UMA CARTILHA DE PREVENÇÃO PARA O IFMG” elaborada pela psicóloga Patrícia Dias, do campus Ouro Branco, mestre do Programa PROFEPT e de seu orientador Pablo Menezes e Oliveira. Estiveram presentes no lançamento: Heloisa Cristina Pereira, Pró Reitora de Gestão com Pessoas do IFMG, Rafaela Lucarelli, Diretora de Desenvolvimento e Administração de Pessoas, Gustavo Reis de Moraes, Coordenador de Gestão de Cadastro e Pagamento de Pessoas e Silvana Nahas Ribeiro, chefe do setor de Qualidade de Vida e Segurança do Trabalho e Capacitação.
O lançamento da cartilha ocorreu juntamente da mesa redonda “Saúde Mental e Burnout” que discutiu os desafios atuais de saúde mental no trabalho e estratégias de enfrentamento ao Burnout, considerando o contexto das organizações e as relações interpessoais no IFMG com a participação da Pró Reitora de Extensão da PUC Minas: Prof.ª Dr.ª Carolina Costa Resende.
Como podemos compreender melhor a Síndrome de Burnout?
De acordo com a cartilha, Burnout é uma doença ocupacional que reflete o esgotamento profissional e que atinge diretamente a um ideal de si e do trabalho, levando o trabalhador ou a trabalhadora à frustração. Ou seja, é vivenciada uma contradição entre as exigências impostas - pelo trabalho e por si próprio - e o que é possível realizar. À medida que são colocadas expectativas irrealizáveis, o indivíduo, ao não conseguir responder ao esperado, se frustra e esse desgaste tem como ressonância a perda do sentido do trabalho.
A Síndrome de Burnout seria resultante de estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso e que pode acarretar em sentimentos de exaustão ou esgotamento de energia, levando ao esgotamento mental e redução da produtividade.
Desde janeiro de 2022, o Burnout foi incluído na nova Classificação Internacional de Doenças (CID-11). A Organização Mundial de Saúde (OMS), oficializou o Burnout como síndrome ocupacional crônica, já que é um fenômeno ligado ao trabalho, em virtude de estresse crônico não administrado adequadamente
Quais são os sintomas?
Os sintomas variam de fatores emocionais a problemas físicos. Como alguns sintomas podem ser considerados comuns e leves, as pessoas tendem a achar que o Burnout é passageiro. Porém, a piora pode ser rápida e as complicações podem ser evitadas com o diagnóstico precoce e tratamento correto.
Sinais físicos
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Falta de realização pessoal
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Tendência em avaliar o próprio
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Sentimento de impotência
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Dificuldade de concentração
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Irritabilidade e falta de empatia
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Baixa Tolerância à frustração
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Componentes Paranoides
Sinais emocionais
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Mal estar geral
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Fadiga
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Dor de cabeça frequente
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Alterações no apetite;
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Insônia;
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Dificuldades de concentração;
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Alergias
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Hipertensão arterial
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Alterações repentinas de humor;
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Perda ou ganho de peso
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Fadiga.
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Pressão alta.
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Dores musculares.
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Problemas gastrointestinais.
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Alteração nos batimentos cardíacos
De acordo com a psicóloga Patrícia, assim como a falta de acesso a insumos e serviços é um motivo lógico para repensar procedimentos e processos, casos de Burnout dos servidores também impactam a eficiência das instituições de ensino. Podem ser esperados efeitos não apenas a curto prazo, como no desligamento de servidores, mas também a longo prazo contribuindo para uma cultura de baixo engajamento, alto índice de afastamento por saúde, aumento nos conflitos interpessoais na instituição, nos casos de assédio e consequentemente nos índices de desempenho do IFMG.
Como promover saúde mental?
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Ampliar o foco para além do indivíduo, avaliando práticas institucionais, de equipes e de gestores;
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Trabalhar com dados mais precisos sobre os reais fatores prejudiciais à saúde mental em cada local, e avaliar criteriosamente as intervenções em saúde mental e bem-estar;
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Desenvolver atitudes de genuína empatia e respeito, desconstruindo estigmas e preconceitos sobre o sofrimento mental. Assim, desenvolver ambientes mais seguros para quem sofre, poder falar e buscar ajuda.
Gestores
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Promovendo a conscientização: É essencial promover uma política de conscientização de funcionários e gestores sobre a síndrome. Dessa forma, é possível identificar de forma precoce possíveis sinais e proporcionar ajuda quando necessário.
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Gerenciando melhor a carga de trabalho das equipes: É importante estabelecer limites para a quantidade de trabalho executado e distribuir de forma saudável as tarefas do dia a dia.
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Construindo um ambiente de apoio: Busque incentivar aos colaboradores um ambiente de trabalho onde eles possam se sentir ouvidos, apoiados e valorizados.
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Promova o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal: Incentive práticas saudáveis de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, como pausas regulares, férias e a rotina fora do ambiente de trabalho.
Quer saber mais sobre o assunto ? Acesse aqui a cartilha há muitas informações úteis e bem detalhadas.